Sou adepto da preguiça mental. Adepto e cultor, devo acrescentar. Porém, hoje, enquanto me deslocava para o trabalho (ainda meio sonâmbulo e depois de uma noite regada a umas quantas Coronas Extra com limão, que recomendo!!!) fui abruptamente atingido por uma maçã newtoniana. No meu caso particular tratava-se de uma pedrita, insignificante pelas reduzidas dimensões, que atingiu com vigor o pára-brisas do carro despertando-me imediatamente do transe matutino. Imediatamente reparei que seguia atrás de um camião cujo motorista, por nítida falta de zelo, não tivera o cuidado de acondicionar devidamente a carga. Decidi, após este fortuito incidente, pôr mãos à obra e manifestar, desde modo, a minha indignação pela falta de civismo e respeito pelo próximo que parece ter atingido este nosso “cantinho à beira-mar plantado” como é usual chamar-se-lhe. E não é só na estrada que grassa esta falta de respeito, de apreço pela vida humana; por toda a parte a erva daninha da ignorância, do egoísmo e da indiferença dissemina-se a um ritmo alucinante.
Creio que foi Gandhi quem afirmou que “o grau de civilização de uma nação se vê pela forma como os seus animais são tratados”; eu ouso ser mais radical e defendo que esse mesmo grau civilizacional se avalia pela forma como as pessoas se relacionam e interagem quotidianamente.
A mudança tem de partir interiormente de todos e de cada um de nós, nas mais pequenas coisas do dia-a-dia!

Muito mais poderia ser dito sobre este assunto; ficam apenas estas esparsas linhas de pensamento, desabafos de um confesso idealista que julga que a sua opinião pode fazer alguma diferença.

Manifestem-se, comentem, deixem as vossas sugestões. Todas as opiniões serão bem acolhidas. Obrigado!

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