A preparação específica para a Maratona do Porto vai no final da quarta semana e começo já a sentir alguns efeitos práticos. Ontem, na pista, foi dia de séries de 600 mtrs na companhia do Miguel, que tem sido fiel (e único!!!) companheiro de treino nas últimas quintas-feiras.

Aqui fica um resumo da sessão de ontem:



Entretanto, enchi-me de coragem, e já comecei a aprendizagem da natação (duas sessões, todas as quartas e sábados) de modo a permitir-me participar, a médio prazo, em competições de triatlo. A ver vamos! Para já apenas tenho a relatar o entusiasmo próprio de principiante por entre valentes golfadas com forte travo a cloro!!!



Fui resgatar este clip ao baú da memória para mostrar à Isabela. Ela adorou e obrigou-me a fazer de sapo até adormecer.

A frase, atribuída ao general romano Júlio César, bem poderia ter sido proferida pelo tenista argentino Juan Martín del Potro que aos 20 anos cometeu a proeza de derrotar na final do US Open o campeoníssimo Roger Federer, actual nº 1 do Ranking ATP, considerado por muitos o maior tenista de todos os tempos.
Photograph by Spencer Platt/Getty

Faz hoje 8 anos...
A semana transacta foi também a primeira (de dez) de preparação mais específica para a Maratona do Porto.

Semana I vista em números:


Highlights:

quarta-feira: treino de séries de 6 x 1000 mtrs /3:40 min c/ intervalo 1:30 min
domingo: longão trail sob intenso calor com algumas duras subidas

A rever:
- seleccionar percursos mais planos para os treinos longos
- atenção à hidratação
- maior cuidado com os pés para prevenir o aparecimento de bolhas

O balanço que faço desta primeira semana de preparação mais específica para a Maratona não poderia ser mais positivo; aumentou o número de sessões de treino e consequentemente o volume de quilómetros mas, aparte algumas dores musculares resultantes do duríssimo treino de ontem, o treino está a ser bem assimilado e a motivação está em alta. Contudo, ainda parece distante e algo irreal a meta das sub 3 hrs mas, com a continuação metódica do plano de treinos, pode ser que se me afigure mais exequível.
Recebi, nos comentários, este texto do meu amigo PC (aka 28) ao qual decidi dar aqui mais visibilidade:


Olá caro vizinho guy matos.
(um nome um bocado panisgão, diga-se de passagem)

Vou-te contar um momento fascinante que se passou comigo hoje. Como bem sabes, sempre que o calendário atlético me permite efectuar uma perninha ciclista aos domingos de manhã, não hesito e lá vou eu na minha máquina a pedal adquirida a preço de ocasião. Os meus pais preferiam que eu fosse à missa mas acho que aquilo é sitio onde não se aprende nada, enquanto nos passeios de bike sempre dá para ficar a conhecer os pontos quentes e as metas volantes que merecem a nossa atenção, nomeadamente os melhores tascos e tabernas da região, onde se pode parar para abastecer o bidon (ou garrafa plástica como diria Marco Chagas) com isostar, powerade ou tinto vinicola do bom.

Acontece que hoje saí de casa pela fresquinha, à hora em que a maior parte dos romeiros do São Paio se deviam estar a deitar, e decidi rumar até à pateira de Fermentelos para verificar "in loco" a praga de jacintos que por lá caminham sobre as águas, quais Jesus Cristo Redentores.

Quando passava ali na zona vinicola ultra demarcada de Alquerubim, rolava a uma velocidade estonteante estimada em mais ou menos, 28/30 km/h, o que já não é de envergonhar para um saloio de domingo dono de uma bike de BTT que custa para aí 1/10 do que as grandes máquinas velocipédicas que vemos rolar por aí.

E é então que ali na zona de Pinheiro (que deve ser o nome mais comum em localidades portuguesas) ao ultrapassar um ciclista profissional-amador montado em bicicleta de estrada, fui brindado com um insulto por parte do agente ultrapassado. Mas não foi um insulto qualquer, como diria alguém que agora não me lembro do nome. Foi um insulto mesmo para me arrasar, um insulto como há muito não recebia. Foi-me dito pelo individuo: Ó PIÇO!! NESSA BICICLETA DE CICLOCROSSE NÃO FAZES NEM 100 KM!!!

É um insulto tão fora do comum e cómico que nem sei por onde começar. Em 1º lugar fiquei estupefacto perante tão grave acusação, ainda para mais vinda de um "colega" de estrada. É pá, se fosse de um motoqueiro ou até mesmo de um idoso movido a "papa-reformas" ainda se compreendia, mas vindo de um "parceiro" de estrada? E isto aconteceu mesmo no meio da povoação, perante diversas testemunhas oculares e auditivas, que certamente devem ter pensado que eu acabava de roubar o farolim do individuo ou algo parecido.

Bem, costumo guardar respeito por todos os "maluquinhos" desportistas que tal como eu se levantam da cama a um domingo de manhã para ir fazer o desporto preferido, quando o normal até seria ficar nas mantas até ao meio-dia junto da esposa (ou do esposo, conforme a orientação do selim de cada um). Mas para este "profissional" das 2 rodas sem motor abro uma excepção porque a criatura é um perfeito idiota ambulante. Compreendo que ele não tenha gostado de ser ultrapassado por um sujeito montado numa bike de custos controlados e equipado com calções de praia, t-shirt de grande prémio de atletismo, sem capacete e sapatilhas velhas sem atacadores, mas insultar assim dessa maneira grotesca a minha menina de 2 rodas, isso eu não admito!!

BICICLETA DE CICLOCROSSE!!??

A minha bicicleta é uma bicicleta COMUM, tal como a gripe do Ronaldo que também é comum. Catalogar a minha bicicleta de "ciclocrosse" é meter-lhe um rótulo que ela não merece e eu nem gosto de palavras feias. Faz lembrar o cardiofrequencimetro do outro de Canelas.

Outra coisa que descobri graças a este original insulto é que afinal parece que as categorias das bikes medem-se consoante a sua capacidade para fazer 100 km, ou não. A gente chega à loja e conforme o orçamento disponivel, compramos uma bike das boas que faça para cima de 100 km, ou então é melhor ficar por uma bike que faça menos de 100 km. Assim daquelas que chegam aos 90 km e recusam-se a continuar o percurso. Eu, pessoalmente, nunca vi nenhuma bike a fazer 100 km, nem a do Paulinho no Tour. Que eu saiba quem faz os 100 km são as pernas do ciclista e não a bicicleta. A bicicleta ajuda, claro, mas acho que nesta espécie de ciclista que me insultou, nem a TREK do Armstrong faria milagres!!

Eu não tenho culpa que o triste não consiga levantar cu do selim (ou será tirar o selim do cu?) e ande nas estradas portuguesas a empatar a vida aos restantes ciclistas que mais não querem do que efectuar um percurso livre de obstáculos e empecilhos. Enfim, acredito que este tipo seja uma excepção no companheirismo que existe no ciclismo, praticantes de triatlo e duatlo, cicloturistas, etc, mas tal como no atletismo, também deve haver aí no “teu” duatlo assim uns cromos dignos de figurar na caderneta da panini. É que este nem era bem um cromo. Era mesmo um ASNO sobre 2 rodas. Mas atenção!! Um asno profissional!! E a sorte dele foi eu seguir caminho e não me chamar pato marreco senão nem quero imaginar onde é que a bicicleta dele iria parar.
Posted by Alien to Pegasus, the winged horse at September 6, 2009 8:52 PM
Comecemos pelo fim. Vigésimo lugar da geral individual num duatlo sprint (4,800+19,200+2,400) com 1:02:16 não é propriamente um resultado de que me orgulhe particularmente. Salvou-se a honra do convento, ao contribuir para mais um terceiro lugar colectivo do SCBM, o segundo em duas provas seguidas (depois do exigente triatlo da Raiva), e, não fora a minha fraca prestação individual, teríamos conseguido mesmo alcançar o 2º colectivo já que apenas 1:27 min. nos separou do ACR Ribeira que, espanto geral, fechou a equipa com um V5!!!

Agora que analiso a questão mais friamente, o meu relativo insucesso pessoal deveu-se basicamente aos seguintes factores (por ordem decrescente de importância):

1º falta de descanso (contra o conselho do Mister José Miguel, na sexta-feira anterior fiz um exigente treino de ciclismo - 60 kms com algumas subidas e a 33 de média em solitário);

2º transições lentas e demoradas (o eterno problema, a rever);

3º o muito calor que se fez sentir durante a prova;

4º pequeno engano no percurso de ciclismo.

Tudo isto ter-me-á custado preciosos segundos e o objectivo de completar abaixo da hora gorado.

Mas nada de desânimos e estou já a apontar baterias para a minha estreia na Maratona em Novembro.

Uma palavra de admiração pelas prestações de todos os colegas de equipa (Jorge, Jordão, José - este último que nos "atura" semanalmente, e que é o responsável pela nossa grande melhoria no segmento de corrida, com um brilhante 2º lugar na categoria V1) e também pela não menos surpreendente performance do agora galináceo Miguel Lopes (melhorou muito o ciclismo com a bike nova) e do Luís (amigo do Jordão) que, ao que sei, alinhará já na próxima época nas fileiras da secção de triatlo do SCBM contribuindo para fortalecer o já consistente colectivo.

Brevemente conto postar aqui algumas fotos desta competição.