Há dias, sorumbáticos como este de hoje, em que me ecoam no recôndito da consciência algumas inquietações para as quais teimo encontrar resposta (ou pelo menos, explicação satisfatória e apaziguadora). Que mecanismo obscuro comanda a intercepção das existências? Que é que faz com que duas vidas, mesmo que separadas geograficamente por milhares de quilómetros (e por muitos mais de diferenças culturais, religiosas, políticas e/ou ideológicas) se cruzem num determinado tempo e espaço? Penso nisto quando recordo os meus amigos nas Filipinas, na Turquia ou no Líbano. Reflicto nisto quando penso nas mulheres por quem me apaixonei e naquelas por quem me hei-de apaixonar vida fora! Será o destino que nos faz encontrar e reencontrar, para depois perder? Prefiro pensar que é o acaso que comanda e condiciona os mais variados aspectos da vida, as nossas conquistas e derrotas, e que não estamos à mercê dos caprichos divinos como veiculavam as mitologias antigas. Prefiro pensar que são as escolhas diárias do homem, tomadas em liberdade, que condicionam o rumo da existência de cada um. Quero acreditar que cada homem é o timoneiro do barco da sua própria vida!

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