Vim há pouco do supermercado X onde fui, a pedido da Maria, comprar meia dúzia de coisas que faziam mais falta aqui em casa. Apesar de pouco prático, levei a minha filhota comigo; é uma forma de aproveitar todos os momentos possíveis para estar com ela e, simultaneamente, poder realizar aquelas tarefas práticas e indispensáveis do dia-a-dia.
Ora, estando eu na fila para a caixa com a pequenota ao colo, nenhum dos outros clientes se dignou a ceder-me prioridade no atendimento para mais tendo eu apenas escassa meia dúzia de artigos!!! Também não faz parte da minha maneira de ser, pedinchar por aquilo que, penso eu, deveria ser óbvio para os demais; são coisas triviais, como esta, que demonstram a civilidade e educação basilares das pessoas enquanto elementos de uma sociedade.
Assim, permaneci pacientemente com a Isabela ao colo aguardando pela minha vez de ser atendido e, quando começava a colocar os meus artigos na passadeira para pagamento, reparo que não estava só na tarefa; alguém tirava os volumes mais pesados do meu cesto e os colocava na dita passadeira dando-me precioso auxílio. Ergo os olhos, encaro o indivíduo e, pela fisionomia, depreendo automaticamente que não seria português. Agradeço imenso e do outro lado recebo um sorriso e um de nada com sabor de Leste.
Vim para casa com um saco cheio de mercearia e vergonha de ser português; é que todos os que estavam à minha frente na fila do supermercado esta tarde, também são, tal como eu, portugueses...
Ora, estando eu na fila para a caixa com a pequenota ao colo, nenhum dos outros clientes se dignou a ceder-me prioridade no atendimento para mais tendo eu apenas escassa meia dúzia de artigos!!! Também não faz parte da minha maneira de ser, pedinchar por aquilo que, penso eu, deveria ser óbvio para os demais; são coisas triviais, como esta, que demonstram a civilidade e educação basilares das pessoas enquanto elementos de uma sociedade.
Assim, permaneci pacientemente com a Isabela ao colo aguardando pela minha vez de ser atendido e, quando começava a colocar os meus artigos na passadeira para pagamento, reparo que não estava só na tarefa; alguém tirava os volumes mais pesados do meu cesto e os colocava na dita passadeira dando-me precioso auxílio. Ergo os olhos, encaro o indivíduo e, pela fisionomia, depreendo automaticamente que não seria português. Agradeço imenso e do outro lado recebo um sorriso e um de nada com sabor de Leste.
Vim para casa com um saco cheio de mercearia e vergonha de ser português; é que todos os que estavam à minha frente na fila do supermercado esta tarde, também são, tal como eu, portugueses...
Saturday, May 30, 2009 |
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Comments (7)
Só há uma palavra para isto! Este Portugal é uma Grande Merda!!! em tudo menos nas paisagens e em algumas pessoas que resistem a isto que dizem e tentam sempre ajudar!
Caro amigo
Welcome to the jungle! As pessoas não se convencem mas o português começa a ser algo muito deprimente
Miguel
Caro Raul compartilho plenamente desse teu pensamento, enfim Portugal é um país de retrogados que se recusam a "evoluir"...
Por acaso tambem tenho essa ideia das de Leste. São muito educadinhas e escofenadinhas e polidinhas.
bom exercicío de reflexão que nos levas-te a fazer...com essa tua experiencia de fila de compras.
Abraço
Nuno sacra
Caro amigo,
Então você não tiver um problema de Portugal, em geral, ocorre em qualquer país ... Estou convencido de que no meu país, Espanha, é ainda pior, embora não necessariamente tem que ter vergonha de Espanhol ou Português.
PS: Você tem um grande blog, amigo, eu sou o seguidor de agora em diante. Perdoa meu péssimo nível de Português (San Google... jajajaja...).
Saudações!
Gostei do Blog em geral mas a parte da crítica social para mim é digna de um aplauso...as tuas palavras fazem todo o sentido.
Vá, continua a tua pedalada que estás na direcção certa ;-)